SLASH O que eles estão dizendo do disco de Slash (parte 4)
Texto: Lucky Loccy (DIREITOS RESERVADOS/REPRODUÇÃO PROIBIDA)
Fontes: Indicadas abaixo
Quarta parte da tradução exclusiva do blog para as resenhas do Disco Solo de Slash que estão saindo na web.
Encontre: Disco Solo de Slash
Aí vai...
- Slash é uma lenda e toca muito. A premissa de seu álbum solo é simples: um vocalista para cada faixa e diversos estilos de música. Tony Iommi do Black Sabbath já fez algo parecido com isso e Dave Grohl também. Mas o disco de Slash é mais coeso. O som da guitarra de Slash está em todo o álbum, assim como a alta qualidade de sua música. O problema é que seu som lembra Guns n' Roses demais e os cantores muitas vezes soam muito parecidos com um certo Mr. Axl Rose. Outro problema é que algumas faixas passam e não deixam uma forte impressão no ouvinte. Elas não são ruins, mas também não são impressionantes.
Por Dan Swinhoe, da Detour Magazine
- "Slash" é o produto de um homem que já ascendeu ao panteão dos deuses do rock. O bizarro é que, apesar disso, aqui Slash se transforma em um "músico de apoio" para cantores famosos (Ozzy, Lemmy, Iggy). Enquanto eles cantam, Slash faz a base ao fundo. Claro que na hora dos solos Slash e sua Les Paul "cantam" tão bem quanto sempre fizeram (particularmente em "Watch This"). O disco mostra que o velho cachorrão Slash ainda tem um coração rock n' roll. Mas que, hoje em dia, bate um pouco mais devagar.
Por Paul Gibson, do HecklerSpray.com
- Slash nunca tentou cantar. Então ele chamou seus amigos famosos para cantar em seu disco. É um risco. Tudo poderia ter terminado como uma coleção desconexa de músicas em que só a guitarra importa. Por sorte, "Slash" é um bom álbum de hard rock com alguns momentos memoráveis. Na faixa "Beautiful Dangerous", Slash faz uma base animal de rock e Fergie responde soando mais como Ann Wilson do que como ela mesma.
Por Andrew Watt, do site Hey Hey, My My
- Os fãs radicais estão se perguntando: Como Slash pode convidar Adam Levine e Fergie para cantar no seu álbum solo? Eles parecem se esquecer que Slash é um cara que já tocou com dezenas de outros artistas de fora da cena do rock, a começar por Michael Jackson. Slash é o tipo do cara que não tem vergonha de trocar tudo por uma boa música. O disco mistura rock, blues, metal e até pop. Sua guitarra é acompanhada pela bateria de Josh Freese (ex-Nine Inch Nails) e o baixo de Chris Chaney (ex-Jane's Addiction). "Ghost" é um rockão clássico, uma ode aos velhos e bons tempos, especialmente quando entra em cena a guitarra de Izzy Stradlin. É puro Rock n' Fuckin' Roll, divertido e sem remendos. Fergie canta "Beautiful Dangerous" com a atitude e a energia de Pat Benatar quando jovem. E "Watch This" com Dave Grohl e Duff McKagan é uma faixa matadora. Aqui, não há exibicionismo gratuito e nem traços do pseudo-perfeccionismo de "Chinese Democracy".
Por Talia Soghomonian, do site Musicomh.com
- Slash finalmente emerge da sombra de Axl Rose e mostra do que é capaz sozinho. Apesar de todos os convidados estelares, aqui é Slash quem dá as cartas. Mas o show de Slash não é tão legal quanto poderia ser. Slash é um cara tão talentoso que eu esperava por um disco atordoante. Mas a maioria das músicas soa parecida com Dokken, com a produção muito limpinha, letras bobas e power chords. "Crucify the Dead", com Ozzy, soa como um lado B fraquinho de "Bark at the Moon". "Watch This", com Dave Ghrol e Duff Mckagan, atiça mas nunca chega a explodir. "By the Sword" apenas esbarra com a grandeza. "Doctor Alibi" traz um Slash feroz mas Lemmy parece velho e cansado demais. As melhores são "Beautiful Dangerous", qua traz Fergie encarnando Axl Rose. E quem diria que a colaboração com Adam Levine daria certo? A música "Gotten" tem o melhor solo do disco. Mas no final falta algo. Ou algo está fora de lugar. Talvez Slash precise da insanidade de Axl Rose.
Por Associated Press, do site MLive.com
- O disco de Slash oscila entre o pop e o rock. Mostra lados pouco conhecidos de Slash. Se você estiver esperando pela monstruosidade do Guns n' Roses, vai se decepcionar. Esse disco é mais para aquelas pessoas que acham "Appetite for Destruction" muito agressivo. "Gotten" mistura bem o pop do Maroon 5 com um solo expressivo de Slash. Mas "Beautiful Dangerous", com Fergie, é um desastre. Muitas faixas soam mais somo se fossem faixas dos cantores convidados do que do próprio Slash. Um exemplo disso é "I Hold On". É irônico, mas o álbum solo de Slash parece ser um caso único em que a estrela do disco dá mais espaço aos convidados do que a ela mesma. As melhores músicas são aquelas com os veteranos do rock: "Doctor Alibi" com Lemmy e "We’re All Gonna Die" com Iggy. Essas músicas, ao mesmo tempo, mostram as limitações de Slash. O álbum é legal mas não é sensacional.
Por Tim Grierson, do About.com Guide
- Slash é considerado um dos grandes guitarrists de todos os tempos. E se você olhar a lista de nomes que ajudam Slash nesse disco -- Ian Astbury, Ozzy, Chris Cornell, Dave Grohl, Iggy Pop, Lemmy -- você vê que o guitarrista cercou-se de talentos à sua altura. Desde a primeira faixa, Slash mostra que não quer se exibir, e sim tocar para o vocalista. "Ghost" parece Slash tocando Cult e não Astbury numa faixa do Guns n' Roses. O mesmo acontece com "Crucify The Dead", com Ozzy Osbourne. Fergie surpreende em "Beautiful Dangerous" e Miles Kennedy revela uma química inesperada com Slash em "Back From Cali". Em "By The Sword", mais uma vez Slash se coloca a serviço do cantor. "Nothing To Say" tem um riff que seria ousado demais para o mainstream metal da banda do cantor M. Shadows. E Iggy Pop soa raso em "We’re All Gonna Die", fechando o disco em um tom azedo. Slash poderia ter feito um disco em que se exibiria em solos e mais solos. Mas ele faz o contrário: abandona por muitas vezes tudo o que esperamos dele e nos mostra lados que não conhecíamos.
Por Chris DeLine, do site CultureBully.com
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sexta-feira, 14 de maio de 2010
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