Com a turnê de seu disco solo engatando a quinta marcha às portas do verão europeu, Slash tocou com o sol forte e céu azul em Copenhagen, capital da Dinamarca.
Um bom lugar para ressuscitar os versos de "Paradise City"...
Take me down to the Paradise City Where the grass is green and the girls are pretty
Claro que Axl Rose não estava por perto, para cantá-los.
Veja a tradução exclusiva do blog para resenhas publicadas em diversos sites
- No seu debut solo, Slash é ajudado por pop stars e dinossauros do rock. O problema todo é que Slash não consegue cantar e Axl Rose não está disposto a ajudar. Com colaboradores que vão de Ozzy a Fergie, o álbum é um pastiche de estilos. "Ghost, com Ian Astbury, é a melhor faixa do disco. Aqui Slash conta com a ajuda de Izzy Stradlin, que faz o som perfeito para complementar seus riffs. "Crucify the Dead", com Ozzy, é meio paradona e tem vocais letárgicos. "Beautiful Dangerous" é outra das boas do disco. Fergie recria os berros agudos de Axl Rose em uma boa mistura de pop com metal. Chris Cornell, por sua vez, soa diluído em "Promise". Ainda assim ele está melhor do que Adam Levine em "Gotten", uma música que parece um refugo do Maroon 5, ou uma tentativa frustrada de recriar "November Rain". Quem estiver esperando por algum clássico na linha do Guns n' Roses vai se desapontar. Dois terços do álbum são fracos, mas o terço que presta vale a pena ser ouvido. Slash teria feito melhor se gravasse um álbum instrumental. Por Raleigh Allison, do site DailyPrincetonian.com
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- O Guns n' Roses foi uma das melhores bandas do mundo. A banda alcançou milhões de pessoas no mundo todo e até hoje toca em festas e karaokês. Depois os membros da banda foram saindo um por um e só sobrou Axl Rose. Nesse tempo, nenhum dos ex-gunners se manteve tão popular quanto Slash. Ele está no topo de quase todas as listas de melhores guitarristas do mundo e isso não é à toa. Por isso eu estava intrigado com o álbum solo de Slash. Seria um disco no estilo dos discos de John Frusciante? Será que Slash se arriscaria a cantar? Ou seria um disco no estilo de "Supernatural", de Santana? Eu ouvi o disco e acho que ele se parece mais com o disco de Santana. Grandes talentos ajudam Slash, como Ian Astbury, Ozzy Osbourn, Iggy Pop, Lemmy e Dave Grohl. Mas a força desses nomes não salva o disco. O disco é bem produzido mas o som é limpo demais para um disco de hard rock. Slash poderia fazer um álbum mais "sujo". A voz de Lemmy, por exemplo, não combina muito com "Doctor Alibi". A música é decente, mas soaria muito melhor se os instrumentos tivessem sido gravados de um jeito mais "sujo" para combinar com a voz de Lemmy. O disco também tem caras que te fazem perguntar: "Que porra é essa?!". Você não acredita que eles estejam tocando com Slash. Na música "Gotten", com Adam Levine do Maroon 5 (?!), parece que Slash tenta repetir a fórmula de Rob Thomas no disco "Supernatural" de Santana, mas não chega nem perto de ter o mesmo resultado. Parece só uma música do Maroon 5 com um solo de Slash no meio. Fergie?! Não dá pra entender. A música é tão pesada quando você imaginaria uma música de rock com... Fergie. Andrew Stockdale, do Wolfmother, até faz sentido. Porque ele também é guitarrista. E a música "By the Sword" não é nem um pouco ruim. Além do que, seus vocais "axl-rosianos" se encaixam bem na música. O mesmo pode ser dito dos vocais do obscuro cantor Rocco Deluca na música "Saint is a Sinner Too", que me lembra muito Led Zeppelin. Os vocais de Deluca lembram Robert Plant e a guitarra de Slash evoca "Stairway to Heaven". Os vocais de Chris Cornell em "Promise" e de Ian Astbury em "Ghost" estão entre os melhores do disco (junto com os de Stockdale e Deluca). "Ghost" é provavelmente a minha faixa favorita. Já a performance de Cornell é sólida e acho que ele deveria sair em turnê com Slash no lugar de Myles Kennedy. Outra boa faixa é "Watch This", que tem Dave Grohl na bateria e Duff no baixo. As outras faixas com Kid Rock, M. Shadows e Myles Kennedy não têm nada de mais. No geral, o disco não é horrível. Tem bons momentos, mas as partes ruins dão uma certa reviravolta no estômago. É uma espécie de "Supernatural" (o disco de Santana) que não dá muito certo. Mas é bem melhor que "Chinese Democracy". Ouviu, Axl? Por Nick Freed, do site ConsequenceOfSound
- Slash se transformou numa espécie de ícone da guitarra. Seu primeiro álbum solo traz um monte de riffs de rock e uma constelação de vocalistas famosos. Há muitos riffs e solos inspirados. Depois de ouvir você fica torcendo para o Guns n' Roses voltar. O problema é que as performances vocais do disco não são muito inspiradas. O disco pode servir, então, como um aperitivo para o futuro: um novo CD do Velvet Revolver, um novo disco solo de Slash, ou a tão esperada reunião do Guns n' Roses. Que será a maior de todas as reuniões do rock n' roll. Por Eric Barnes, do site Ocala.com
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- Bem-vindos à selva de Slash. Slash não é um cantor talentoso, então decidiu seguir o caminho de Santana e lançou seu álbum solo com ajuda de diversos cantores. "Promise" com Chris Cornell é a melhor de todas. O riff não é exatamente típico de Slash, mas funciona muito bem. As faixas com Miles Kennedy são sólidas também. Outras boas do disco são "Watch This", uma instrumental com Dave Grohl e Duff McKagan. "Nothing to Say", com M. Shadows do Avenged Sevenfold, é provavelmente a faixa mais criativa do disco e M. Shadows lembra Axl Rose cantando com sua voz grave. E mais: Slash toca um lick de guitarra na marca de 1m52s que produz um efeito bem interessante. Slash até se mostra disposto colocar um tempero pop em sua música com "Beautiful Dangerous", que traz Fergie nos vocais. Há também momentos fracos no disco, como "Doctor Alibi" com Lemmy do Motorhead. A primeira metade do disco soa previsível com o esquema riff-verso-refrão-verso-refrão-verso-refrão-solo-final. O álbum é desigual, o que se podia esperar com um cantor para cada música. Mas tem mais bons do que maus momentos. Por JP Stroman, do site Cavalierdaily.com
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- Se o Black Eyed Peas não der certo, Fergie pode ter um futuro no hard rock. A faixa de Fergie é uma das melhores do álbum solo de Slash. Outras boas são as faixas "Doctor Alibi", com Lemmy Kilmister, "Promise", com Chris Cornell, e a instrumental "Watch This", com Dave Grohl e Duff McKagan. Há também faixas fracas com Adam Levine (Maroon 5), Myles Kennedy (Alter Bridge) Rocco DeLuca, Kid Rock e Iggy Pop. Por Rob Williams, do site Winnipegfreepress.com
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- Finalmente Slash assume o centro das luzes com seu primeiro álbum solo. O disco debutou em terceiro lugar na Billboard e traz uma tremenda coleção de canções de hard rock. As parcerias com Andrew Stockdale, Ian Astbury, Chris Cornell e Dave Grohl funcionam bem. Mas as músicas com Fergie e Myles Kennedy não dão certo. Por Kyle Anderson, da MTV.com
- Slash cala seus críticos com o lançamento de seu álbum solo. O disco apresenta uma lista de "quem é quem" na música como vocalistas convidados. Desde a sexy Fergie ao playboy Adam Levine, e até mesmo o padrinho do metal, Ozzy Osbourne. Slash mostra que pode soar brutal e melódico em diversos gêneros de música. "Beautiful Dangerous" é a mais controversa do álbum. Slash tem sido acusado de se vender por chamar Fergie para cantar, mas a música é uma das melhores do disco. É legal ver Fergie largar o hip-hop e mandar ver num rockão. Mas há músicas que não funcionam. A colaboração com M. Shadows em "Nothing to Say" é medíocre e repetitiva. Outra faixa que não dá certo é "Saint is a Sinner". A música é boa mas os vocais de Rocco de Luca desapontam. Nota 3.5 de 5. Por Amiril Muhaimin, do site TheUrbanWire.com
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- Slash pode figurar na lista dos maiores guitarristas de todos os tempos ao lado de Pete Townsend, Jimmy Page, Angus Young, Keith Richards e Jimi Hendrix. Em seu disco solo, Slash libera sua criatividade represada durante duas décadas de maneira espetacular, com a ajuda de uma série de colaborações de peso nos vocais. Muitos ouvintes poderiam esperar que a faixa de Slash com Ozzy Osbourne seria a melhor do álbum. Mas não é. A melhor faixa é "Beautiful Dangerous", que tem vocais de... Fergie! Outra faixa que se destaca é "Ghost", com Ian Astbury, do The Cult. Há, porém, uma ausência notável no álbum: a voz de Axl Rose. Por Marc Basham, do site Dayly Athenaeum
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- Os riffs de Slash em "Welcome to the Jungle", "Paradise City" e "Sweet Child o’ Mine" vão sobreviver por muito tempo, inclusive depois que Slash tiver deixado esse mundo. Em seu primeiro álbum solo, o guitarrista recrutou um mix eclético de artistas para cantar, incluindo legendas como Ozzy, Iggy, Lemmy e estrelas contemporâneas como Adam Levine, Fergie e M. Shadows. Apesar de ter o nome de Slash na capa, o disco soa mais como uma reunião de estrelas com a guitarra de Slash esmerilhando ao fundo. A ótima faixa com Fergie tem vocais sedutores e fica difícil de acreditar que é ela mesmo quem está cantando! "By The Sword" é uma colaboração fantástica que deixa no ar a vontade de ouvir um disco inteiro feito por Slash e Andrew Stockdale. Já os vocais de Adam Levine não se encaixam bem em "Gotten". Nota: 3.97/5 Por Jere, do site ShipwreckIslandStudios.com
Com a ajuda de vídeos incríveis (com ótima qualidade de som e imagem) postados por oddville1 no YouTube, o blog vai comentando o show música a música, tentando responder essas questões.
VÍDEO Slash - "Slither" Ao vivo no Roxy, Hollywood, Califórnia, EUA, 11 de abril de 2010
Ou...
16. Paradise City
Bom, se o blog pudesse escolher, Slash terminaria com outra do Guns n' Roses.
Mas Guns é bom.
Sempre né?
VÍDEO Slash - "Paradise City" Ao vivo no Roxy, Hollywood, Califórnia, EUA, 11 de abril de 2010
Ou...
Sem contar que depois da aparição insólita do Steven Adler no palco...
Valeu a música.
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Fim do show.
Banda? Correta.
Cantor? Canta tecnicamente bem, atinge agudos difíceis, mas é chato de doer.
Repertório? Esquisito. Conservador. Pouco ousado. pouco surpreendente. Poderia ter muito mais músicas novas. E poderia ter algumas menos óbvias do Guns.
Slash? Bom (como sempre). Mas nada extraordinário.
O site AOL.com disponibiliza neste momento o álbum inteiro de Slash para audição.
Não dá pra baixar, mas dá pra ouvir.
Clica na capa do disco e vai lá!
01. Ghost com Ian Astbury e Izzy Stradlin 02. Crucify the Dead com Ozzy Osbourne e Taylor Hawkins 03. Beautiful Dangerous com Fergie 04. Back From Cali com Myles Kennedy 05. Promise com Chris Cornell 06. By the Sword com Andrew Stockdale 07. Gotten com Adam Levine 08. Doctor Alibi com Lemmy 09. Watch This com Dave Grohl & Duff McKagan 10. I Hold On com Kid Rock 11. Nothing to Say com M. Shadows 12. Starlight com Myles Kennedy 13. Saint is a Sinner Too com Rocco DeLuca 14. We're All Gonna Die com Iggy Pop