terça-feira, 29 de maio de 2007

CLASSIC ROCK Matéria revela bastidores do Velvet Revolver e das gravações de 'Libertad'

Texto: Luciano Loccy (DIREITOS RESERVADOS/REPRODUÇÃO PROIBIDA)
Fonte: CLASSIC ROCK; MyGNRForum.com
Imagens: MyGNRForum.com (scan de Frobscottle); VelvetRevolver.com; SleazeRoxx.com


Slash esteve numa clínica para se livrar da heroína e não quer 'se sentir obrigado' a tocar músicas do Guns n' Roses. Duff diz que os caras do Velvet Revolver 'não se falam muito'. Essas são algumas revelações da matéria 'Velvet Goldmine' (scan ao lado), publicada na novíssima edição da revista CLASSIC ROCK. Veja os principais trechos abaixo:

Slash sobre Scott Weiland: "Se eu soubesse que seria tão complicado trabalhar com Scott, talvez nem tivesse tentado. Tem muita merda acontecendo na cabeça dele, mas ao mesmo tempo esse tipo de coisa não é novidade para mim [referência clara a Axl Rose]."

Scott Weiland sobre a banda: "Ao contrário do que muitas pessoas dizem, essa banda não é uma plataforma para mim e para Slash."

Slash sobre a imprensa: "Eu sempre senti desde o começo do Velvet Revolver que todos quiseram nos odiar. Todo mundo que tinha um bloco e uma caneta parecia pronto para descrever nossos shows de maneira negativa."

Duff sobre o relacionamento interno na banda: "Nós ficamos 18 meses em turnê e não aguentávamos mais ficar juntos. Então tiramos umas férias. Foi difícil votar. A gente não se fala muito. A gente não fala sobre música, não fala sobre negócios. O que a gente faz bem é tocar."

Duff sobre a tentiva frustrada de trabalhar com o produtor Rick Rubin: "Começamos a ensaiar. Ele apareceu uma semana depois, disse que ia sair de férias e que nós precisávamos escrever mais músicas. Descobrimos que ele não estava de férias e sim fazendo o disco novo do U2. E ele voltou depois de cinco semanas e disse de novo que precisávamos escrever mais músicas. Quando um cara como Rick Rubin te fala isso você começa a duvidar de si mesmo."

Slash (também sobre Rick Rubin): "O ritmo de trabalho conosco estava muito devagar. Ele estava fazendo uns cinco discos ao mesmo tempo - U2, Metallica, Linkin Park - e só dizia para a gente escrever mais músicas. Depois de alguns meses a gente perdeu o interesse. Chegou uma hora que a gente pensou: "Bom, existem outros produtores por aí".

Scott sobre Brendan o' Brien, produtor de "Libertad": "Nós precisávamos de alguém que ficasse nas trincheiras conosco. Nós chamamos o Brendan e as coisas finalmente começaram a andar."

Scott sobre seu comentário de que "Libertad" seria um álbum conceitual: "Eu queria fazer um álbum conceitual e descartei essa idéia. Mas depois de ouvir o disco eu percebi que há um tema que une todas as canções: a interminável busca pela liberdade"

Duff sobre a pressão de gravar o segundo disco: "Não senti pressão de fora. A gente se fecha tanto quando começa a gravar um disco (na foto, Duff e Slash nas sessões de gravação de "Libertad") que eu nem sei o que está acontecendo lá fora. A pressão vem de nós mesmos, nós somos brutais uns com os outros."

Slash sobre as expectativas em relação ao disco: "Prefiro não ter muitas expectativas, porque quando você faz muitos planos e projetos você se ferra. O que eu posso te dizer é que sou um cara extremamente crítico com relação ao Rock e gostei de "Libertad". Então se um cara como eu gostou do disco, provavelmente as pessoas vão gostar também."

Slash sobre o Velvet ser chamado de supergrupo: "Quando nosso primeiro disco saiu, eu não aguentava mais ver o Velvet sendo chamado de supergrupo. Agora com o lançamento do segundo disco e o crescimento da banda, eu me sinto vingado."

Slash sobre tocar músicas do Guns n' Roses e do Stone Temple Pilots: "Eu disse que a gente não tocaria mais essas músicas, mas não foi isso que eu quis dizer. Eu quis dizer que agora nós não vamos precisar nos apoiar tanto nessas músicas. É como Pete Townshend [guitarrista do The Who] não precisar quebrar sua guitarra todas as noites. Eu não estou tentando apagar meu legado no Guns n' Roses. Ainda vamos tocar algumas músicas em alguns shows, mas não quero me sentir obrigado a tocá-las. Além disso, não tem muitas músicas do Guns e do Stone Temple Pilots que a gente se sinta confortável tocando".

Duff sobre o aniversário de 20 anos de "Appetite For Destruction" (capa ao lado): "É um legado incrível. É difícil imaginar que a gente tinha vinte e poucos anos quando escreveu aquelas músicas. Foi uma grande parte da minha vida, mas apenas um parte."

Slash sobre o aniversário de 20 anos de "Appetite for Destruction": "A gravadora não deu atenção, não vai haver nenhum lançamento especial. É assim que as gravadoras são. Quero que elas se fodam. Gostaria que houvesse algo, mas o que eu posso fazer? Eu nem falo mais com aquelas pessoas. Tenho certeza que Axl gostaria de fazer alguma coisa, mas não saiu nada".

Slash sobre "Chinese Democracy": "Sei que vai ter muita coisa boa, porque eu conheço Axl e sei do que ele é capaz. Quero ouvir o disco, mas como não tenho nenhuma ligação com as músicas, não tenho pressa".

Slash sobre ter ido a uma clínica de reabilitação para se livrar do vício em heroína: "Estou limpo há 10 meses. Estava tendo problemas com a minha esposa e na banda. Minha mulher foi para a clínica e eu sabia que quando ela saísse eu teria que entrar. Estava tomando medicações receitadas que funcionam como heroína. Aí fui para a clínica e me limpei. Ficar chapado pode ter dado certo algumas vezes, mas hoje em dia não consigo fazer muitas coisas quando estou chapado. Às vezes tenho vontade de tomar um drink mas sei que não vou parar no primeiro, então nem começo. Eu sempre soube que heroína era errado. Fazer uma turnê mundial viciado em heroína é a coisa mais penosa do mundo."


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